O chamado cinema western, também popularizado sob os termos "filmes de cowboys" ou "filmes de faroeste", compõe um gênero clássico do cinema norte-americano (ainda que outros países tenham produzido westerns, como aconteceu em Itália, com os seus western spaghetti). O termo inglês western significa "ocidental" e refere-se à fronteira do Oeste norte-americano durante a colonização. Esta região era também chamada de far west - e é daqui que provém o termo usado no Brasil e Portugal, faroeste (também se usou o termo juvenil bang-bang, na promoção das antigas matinês e de quadrinhos). Os westerns podem ser quaisquer formas de arte que representem, de forma romanceada, acontecimentos desta época e região. Além do cinema, podemos referir ainda a escultura, literatura, pintura e programas de televisão.
Ainda que os westerns tenham sido um dos géneros cinematográficos mais populares da história do cinema e ainda tenha muitos fãs, a produção de filmes deste género é praticamente residual nos tempos que correm, principalmente depois do desastre comercial do filme Heaven's Gate (As portas do céu, em Portugal e O portal do paraíso no Brasil), de Michael Cimino, no início da década de 1980. Contudo, houve ainda alguns sucessos comerciais posteriores que foram, inclusive, galardoados com o Óscar de melhor filme, como Dances with Wolves (Dança com Lobos) de Kevin Costner, ou Unforgiven (Os Imperdoáveis, no Brasil) de Clint Eastwood. Mas os westerns que vêm à memória da maioria dos cinéfilos são, mesmo, os da sua época áurea: os filmes de John Ford, Howard Hawks, entre outros nomes primeiros do cinema.

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quarta-feira, 3 de junho de 2015

25/11 O DIA EM QUE MISHIMA ESCOLHEU SEU PRÓPRIO DESTINO - Drama, Histórico



Quando Yukio Mishima suicidou-se, em novembro de 1970, seu nome era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura. Louvações à parte, era, indiscutivelmente, um dos maiores escritores de todos os tempos do Japão. Escolheu o seppuku, o suicídio ritual dos samurais, abrindo a barriga antes de ser decapitado por um dos homens de sua guarda. No filme O SOL, de Aleksander Sokurov, há uma cena antológica: o Imperador Hirohito, acomodado no banco traseiro de um automóvel, observa os destroços da cidade, enquanto se dirige ao palácio presidencial para assinar a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial. O gesto representa, no entanto, uma muito mais. A assinatura será o rompimento de uma tradição milenar: o Imperador, tido até então como Deus, torna-se agora um homem comum, vencido, vendo-se obrigado a aceitar uma série de restrições impostas pela vitória dos Aliados. Ao longo do pós-guerra o país irá se transformar profundamente e irá se ocidentalizar a olhos vistos. Por outro lado, o chamado perigo vermelho, reforçado por sua vizinhança com a China e a URSS, também o ronda e grupos comunistas não serão raros, sobretudo entre a população jovem. Protestos contra a guerra do Vietnã e a ocupação da ilha de Okinawa tornam-se frequentes no final dos anos sessenta, bem como intervenções radicais, como o sequestro de um voo da JAL. É nesse contexto que Yukio Mishima elabora sua obra, especialmente o romance HERÓIS MORTOS. O escritor afirma que o então Imperador do Japão não é mais o Imperador ideal, é apenas um símbolo idealizado do Imperador. Deseja então que o Imperador reassuma a sua entidade divina, tal como a encarnara milenar história do país. Seus romances são concebidos como a desconstrução das convenções de uma sociedade, a seu ver, desorientada. As forças de Autodefesa, denuncia, foram substituídas por uma poderosa burocracia. O escritor torna pública sua reivindicação por uma emenda na Constituição para dar autoridade divina ao Imperador. O desejo é radicalizado quando Mishima toma como refém o comandante do quartel-general. Diante dos soldados reunidos no pátio do quartel, profere um inflamado discurso, questionando, entre outras coisas: o que é ser japonês? O que a espada significa? Vocês são homens? Vocês são samurais? Quem irá lutar do meu lado? E conclui: “Vida longa ao Imperador”. Ridicularizado pelos soldados, retorna ao gabinete do comandante e pratica o suicídio ritual.

EXCELENTE QUALIDADE DE IMAGEM E SOM. COLORIDO. LEGENDADO.


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