A Super Máquina - Knight Rider
A Super Máquina ou Knight Rider foi uma série de TV norte-americana, do gênero ação/drama, criado e produzido por Glen A. Larson para a Universal e apresentado originalmente pela rede NBC de 26 de setembro de 1982 até 8 de agosto de 1986, num total de 90 episódios de aproximadamente 45 minutos cada, em quatro temporadas.
Segundo Larson, ele criou esta série inspirado num antigo western chamado The Lone Ranger, ou seja, um mocinho lutando contra o crime, mas desta vez equipado com armas super avançadas, uma mistura de ficção científica e faroeste.
O episódio piloto começa contando a história de Michael Arthur Long, interpretado pelo ator Larry Anderson, como um policial infiltrado que está investigando um caso de espionagem industrial em Las Vegas. Durante a investigação é traído por sua parceira e recebe um tiro no rosto, que o desfigura completamente, além de deixá-lo entre a vida e a morte.
Wilton Knight, interpretado neste episódio pelo ator Richard Basehart, como o criador da FLAG, ou seja, Foundation for Law and Governament, uma fundação que resgata Michael Long logo após o acidente e através de um excelente médico e alta tecnologia consegue salvar sua vida.
Assim eles reconstroem o rosto desfigurado de Michael Long, mas a pedido de Wilton Knight, os médicos fazem-o parecido ao filho chamado Garth Knight, dado como desaparecido. Michael Long é fichado como legalmente morto e passa a adotar o nome de Michael Knight, que passa a ser interpretado por David Hasselhoff.
Agora a missão de Michael é defender os indefesos, ajudar os pobre e os desamparados com a ajuda dos membros principais da Fundação e também com seu carro denominado de KITT. Pouco tempo depois Wilton Knight morre e Devon Miles, seu amigo e auxiliar, assume e passa a cuidar da Fundação.
KITT é a abreviatura de Knight Industries Two Thousand, na verdade um Pontiac Firebird Trans-AM modificado, tendo uma blindagem molecular de que somente três pessoas sabem a fórmula, o que o torna praticamente indestrutível.
Além disso tem a habilidade de conduzir-se sozinho, falar com Michael através de um relógio e um seqüencial vermelho que está na frente do carro e que acompanha o seu tom de voz, e ainda obter velocidade de 200mph (320 km/h).
Também o carro é equipado com um "Turbo Propulsor" que permite ao KITT saltar até obstáculos. A voz no idioma original, em inglês era feita pelo ator William Daniels e no Brasil era dublado por Isaac Bardavid e na última temporada por André Filho.
Entre outras funções destacadas encontra-se o Ski Mode, que permite conduzir sobre duas rodas; o Ejetor do assento, que permite lançar a pessoa a uma grande distância, função essa usada quando alguém não autorizado dirige o carro.
Na realidade KITT é o segundo projeto depois que o primeiro denominado KARR (Knight Automated Roving Robot) fora mal projetado em sua programação e poderia causar dano as pessoas quando ele fosse solicitado.
O KARR pode ser reconhecido por possuir a parte inferior do carro pinta de cinza. A programação de KITT difere completamente do anterior, pois o novo carro jamais atentaria contra a vida humana em nenhuma circunstância. O KARR aparece em apenas dois episódios.
KITT sofreu grandes modificações em cada primeiro episódio especialmente em seu interior. Somente na quarta e última temporada ele dispõe de um sistema de alta velocidade chamada de "Super Persecução" e a outra modificação é permitir converter o KITT num carro conversível. A série foi também responsável pelo aumento nas vendas do Pontiac Firebird Trans-Am, que andavam meio por baixo nos Estados Unidos, naquela época.
O outros personagens da série além de Michael e KITT são os destinador de suas missões Devon Miles, interpretado pelo ator Edward Mulhare, que aparecia em cada capítulo para determinar qual seria a missão de Michael e KITT.
Também havia a personagem Bonnie Barstow, interpretada pela atriz Patricia McPherson como a mecânica responsável pelo KITT na série. Curiosamente, pela primeira vez uma mulher interpretava um mecânica numa série de televisão. Bonnie esteve na primeira, terceira e quarta temporada.
A personagem Bonnie Bastow esteve ausente na segunda por que a atriz Patrícia McPherson teve divergências com os executivos da série e enquanto não entrava em acordo com eles, foi substituída por Rebecca Holden interpretando a personagem April Curtis, mas os fãs da série não gostaram e os executivos tiveram que trazer Bonnie novamente.
O personagem Reginald Cornelius III, também conhecido por RC3, interpretado por Peter Barros, entrou na última temporada da série para ajudar Devon e Bonnie no que eles necessitassem e algumas vezes ajudava Michael em algum caso especial.
A Foundation for Law and Governament era uma entidade criado por Knight para combater o crime nos Estados Unidos e sua sede principal ficava numa bela mansão. A Fundação contava também com um caminhão, que funcionava como uma espécie de QG do KITT.
O caminhão puxava uma carroceria enorme, repleto de equipamentos, computadores e que servia como garagem para manutenção, melhoria, reparo, esconderijo, assim como o carro podia entrar ou sair mesmo estando o caminhão em movimento, através de uma rampa na parte traseira da carroceria.
O interessante desta série era o fato do toque de humor, que ficava por conta do relacionamento de KITT como Michael e com outros humanos, tentando entender e analisar o comportamento das pessoas, haja vista que ele somente enxergava as coisas pelo lado lógico e exato, afinal era uma máquina e tinha muitas coisas que ele não compreendia, naturalmente.
Uma das coisas que mais impressionantes da série foi o tema músical de abertura que foi composto por Stu Phillips e escrito por Glen A. Larson e Stu Phillips. O compositor Stu Phillips esteve a frente da parte musical do espetáculo durante os primeiros quinze episódios, depois disso abandonou o projeto e ela foi substituída por Don Peake que esteve à frente durante mais de 70 episódios, sempre baseando-se no tema original da série.
Don Peake foi também o responsável pela utilização da música eletrônica durante a série, o que acabou proporcionando um toque original que caracterizava a série, combinando perfeitamente com o carro preto futurista e suas grandes aventuras.
No Brasil, A Super Máquina original é cercada especulações e lendas acerca dos direitos de exclusividade para a exibição da série. Dizem alguns autores, que na época a Rede Globo tinha grande interesse, mas a Universal Studios somente aceitaria caso a emissora comprasse também o pacote contendo a primeira temporada completa e a segunda que ainda estava em produção.
Por causa deste pacote, especulou-se na época, que a Rede Globo recusara a compra da série e por não acreditar que ela caísse no gosto do público brasileiro. Mas, por outro lado, nessa mesma época, o apresentador Silvio Santos, que tinha uma participação na Rede Record de Televisão, acabou comprado o pacote recusado pela Globo.
Com a compra do pacote, a Rede Record também ganhou um contrato de exclusividade com a Universal Studios em filmes e série. Verdade ou não, o que sabemos com certeza é que a série foi apresentada inicialmente pela Rede Record e posteriormente pelo SBT, quando Silvio Santos vendeu sua parte para a Igreja Universal.
A série tornou-se um grande sucesso no Brasil, gerando uma gama de produtos. A Glasslite por exemplo lançou uma linha completa de brinquedos baseados na série. O sucesso da série alcançou mais de 70 países.
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