O chamado cinema western, também popularizado sob os termos "filmes de cowboys" ou "filmes de faroeste", compõe um gênero clássico do cinema norte-americano (ainda que outros países tenham produzido westerns, como aconteceu em Itália, com os seus western spaghetti). O termo inglês western significa "ocidental" e refere-se à fronteira do Oeste norte-americano durante a colonização. Esta região era também chamada de far west - e é daqui que provém o termo usado no Brasil e Portugal, faroeste (também se usou o termo juvenil bang-bang, na promoção das antigas matinês e de quadrinhos). Os westerns podem ser quaisquer formas de arte que representem, de forma romanceada, acontecimentos desta época e região. Além do cinema, podemos referir ainda a escultura, literatura, pintura e programas de televisão.
Ainda que os westerns tenham sido um dos géneros cinematográficos mais populares da história do cinema e ainda tenha muitos fãs, a produção de filmes deste género é praticamente residual nos tempos que correm, principalmente depois do desastre comercial do filme Heaven's Gate (As portas do céu, em Portugal e O portal do paraíso no Brasil), de Michael Cimino, no início da década de 1980. Contudo, houve ainda alguns sucessos comerciais posteriores que foram, inclusive, galardoados com o Óscar de melhor filme, como Dances with Wolves (Dança com Lobos) de Kevin Costner, ou Unforgiven (Os Imperdoáveis, no Brasil) de Clint Eastwood. Mas os westerns que vêm à memória da maioria dos cinéfilos são, mesmo, os da sua época áurea: os filmes de John Ford, Howard Hawks, entre outros nomes primeiros do cinema.

Contato:

sombrasvermelhasfaroeste@hotmail.com

ou

jeancarlospassos@hotmail.com

ou

sombrasvermelhasfaroeste10@hotmail.com

(0xx73) - 9 9138-6206 Celular da TIM. (WhatsApp).

sábado, 31 de dezembro de 2011

MEU NOME É TONHO - Western Nacional




Sinopse e comentário:


Na abertura de Meu Nome é Tonho, os créditos aos atores surgem sobre rápidos planos de seus rostos, que, sucedendo-se ao som de uma viola sertaneja, formam uma espécie de videoclipe onde podemos identificar diversos sujeitos que, em algum momento de suas carreiras, acabaram passando pelas lentes de José Mojica Marins: Eddio Smanio, Walter Portela, Mário Lima, Nivaldo Lima e Esmeralda Ruchel, além, é claro, de Toni Cardi. 
Não se trata de uma coincidência: a obra em questão compartilha uma série de afinidades com o cinema de Mojica, que vão muito além da escalação de um elenco específico. De certo modo, não seria nenhum pouco equivocado afirmar que a relação mantida por Meu Nome é Tonho com os faroestes é a mesma que À Meia-Noite Levarei sua Alma estabelece com o terror. Em ambos os casos, deparamos-nos com um primitivismo exacerbado, que atinge a rudeza sem, no entanto, dissolver o apuro estético em momento algum. 
Com efeito, o segundo longa de Candeias é um dos filmes mais violentos da década de 60. Sua narrativa é uma colagem de atos brutais, e na banda sonora escutamos mais disparos que diálogos – por sinal, os personagens estão sempre grunhindo, gargalhando cinicamente ou gritando, mas quase nunca falando. Uma velha senhora é espancada, mulheres levam bala pelas costas, bandidos cogitam estuprar as freiras de um convento, uma carruagem leva uma pilha de cadáveres: em Meu Nome é Tonho, a barbárie é o único sentimento a ser explicitado. 
Sobre o resto, pairam as penumbras – esta é uma obra marcada pela indefinição. Um letreiro nos diz que as filmagens ocorreram em Vargem Grande do Sul; os acontecimentos capturados pela câmera, contudo, parecem ter se desenrolado num elo perdido entre o velho oeste norte-americano e o interior paulista. Não sabemos de onde vieram os malfeitores que aterrorizam a população, tampouco as motivações do justiceiro que, também vindo de algum lugar desconhecido, surge no final da fita; e, embora Candeias quebre a quarta parede ao inserir uma claquete entre os créditos iniciais e a primeira cena propriamente dita, seus personagens estão mais preocupados em levar adiante a própria vida do que em prestar contas ao espectador. Justamente por isso, Meu Nome é Tonho se torna um filme árido e exasperante, mas profundamente arrebatador.
Por Daniel Salomão Roque


Meu Nome é TonhoDireção: Ozualdo Candeias
Brasil, 1969. 






OBS: FILME DE QUALIDADE RAZOÁVEL. PRETO & BRANCO.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Problemas? Sugenstões? Dúvidas? Informe... jeancarlospassos@hotmail.com