O chamado cinema western, também popularizado sob os termos "filmes de cowboys" ou "filmes de faroeste", compõe um gênero clássico do cinema norte-americano (ainda que outros países tenham produzido westerns, como aconteceu em Itália, com os seus western spaghetti). O termo inglês western significa "ocidental" e refere-se à fronteira do Oeste norte-americano durante a colonização. Esta região era também chamada de far west - e é daqui que provém o termo usado no Brasil e Portugal, faroeste (também se usou o termo juvenil bang-bang, na promoção das antigas matinês e de quadrinhos). Os westerns podem ser quaisquer formas de arte que representem, de forma romanceada, acontecimentos desta época e região. Além do cinema, podemos referir ainda a escultura, literatura, pintura e programas de televisão.
Ainda que os westerns tenham sido um dos géneros cinematográficos mais populares da história do cinema e ainda tenha muitos fãs, a produção de filmes deste género é praticamente residual nos tempos que correm, principalmente depois do desastre comercial do filme Heaven's Gate (As portas do céu, em Portugal e O portal do paraíso no Brasil), de Michael Cimino, no início da década de 1980. Contudo, houve ainda alguns sucessos comerciais posteriores que foram, inclusive, galardoados com o Óscar de melhor filme, como Dances with Wolves (Dança com Lobos) de Kevin Costner, ou Unforgiven (Os Imperdoáveis, no Brasil) de Clint Eastwood. Mas os westerns que vêm à memória da maioria dos cinéfilos são, mesmo, os da sua época áurea: os filmes de John Ford, Howard Hawks, entre outros nomes primeiros do cinema.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

O GRANDE ROUBO DO TREM (The Great Train Robbery, EUA, 1903)




Direção: Edwin S. Porter
Roteiro: Edwin S. Porter e Scott Marble (não creditados).
Elenco: John Manus Dougherty Sr., A. C. Abadie, Gilbert M. “Broncho Billy” Anderson, Walter Cameron, Donald Gallaher, Frank Hanaway, Morgan Jones, Marie Murray, Mary Snow e Justus D. Barnes.
Faroeste.  12 minutos, Preto e Branco (Parte colorido a mão), Mudo, Curta.
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Sinopse: Uns bandidos tramam o assalto a um trem. Um primeiro grupo obriga o telegrafista da estação a pedir a parada do comboio em pleno campo; o resto do bando invade a composição mata o guarda do vagão postal e rouba os passageiros. Um deles, que tentava fugir, é morto enquanto os bandidos pegam seus cavalos, que ficaram escondidos num morro, o empregado da estação consegue dar o alarme. Os habitantes da cidadezinha se mobilizam e, após um combate movimentado, dão conta dos criminosos.

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O diretor Edwin Stratton Porter teve a feliz idéia de contar em imagens uma história simples e envolvente, inspirando-se nas representações teatrais que faziam a alegria do público popular americano, ávido de emoções fortes. A crônica do oeste fornecia-lhe vasto material. Ele adaptou-se a técnica, ainda rudimentar, da tela. Sua grande idéia foi encerrar com um primeiro plano do vilão (George Barnes) apontando a arma para os espectadores. Se não foi o primeiro close-up da história do cinema, em todo o caso foi o que tinha um valor narrativo específico. Nascera o suspense e também, uma forma de dramatização própria do cinema. Acabara de nascer também um gênero que seria a marca do cinema americano. O faroeste com sua luta implacável entre os fora da lei e os representantes da lei, dominaria o cinema (principalmente o de entretenimento) e continuaria por toda a história até hoje. Esta luta iniciada entre os bandidos e os mocinhos inaugurada neste filme, debandou-se para outros gêneros, tanto os que já existiam, como os que viriam a existir, e hoje está a todo vapor entre os vilões e o super herói do momento.

No entanto, Porter fez mais do que isso, utilizou com muita inteligência o cenário natural de Nova Jersey, reforçou seu filme com conotações realistas (a festa da cidadezinha interrompida pelo anúncio do drama) e imprimiu um ritmo vigoroso as cenas de ação. Além disso usou os movimentos de câmera (não a deixando estática como era normal naquela época), fez uso de montagem paralela, efeitos de zoom (uma técnica de montagem avançada para a época) e tirou o máximo que pôde das atuações dos atores e, principalmente, conseguiu o máximo de recepção do público. Os espectadores consideravam especialmente emocionantes as cenas em que as armas eram apontadas na sua direcção - havia gritos durante as projeções, seguidos de gargalhadas de alívio.
Edwin S. Porter, foi antigo operador de câmera de Edison (Thomas Alva Edison - o inventor da lâmpada), que além de fotografar o filme, fez também o roteiro junto com Scott Marble duma história de 1896, desta maneira o ex-operador de câmera entrou para a história do cinema. E o seu filme, um dos grandes marcos da maravilhosa história do cinema.
Este filme é, com toda justiça, o filme que deu origem ao gênero faroeste e inaugurou a luta entre os representantes da lei e os fora-da-lei.

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